Para você, o que é moeda?
Ao nos depararmos com o termo “moeda”, é comum que nossa mente faça a associação com as cédulas, as moedas de metal ou os cartões. Contudo, será que essa definição abrange todas as nuances do significado desse termo? De fato, a moeda é a representação da riqueza, e na economia, ela é vista como uma unidade monetária de valor.
Em tempos passados, a aquisição de bens era realizada por meio de trocas diretas, conhecidas como escambo. Por exemplo, um indivíduo poderia trocar um pão por um pedaço de carne. Entretanto, ao longo do tempo, tornou-se necessário estabelecer o que valia mais e o que poderia ser considerado como dinheiro. Na Antiga Roma, por exemplo, o sal era utilizado como representação de riqueza, e o Império Romano pagava seus soldados com esse material. É por esse motivo que usamos o termo “salário” até os dias de hoje. No Brasil, a moeda passou a ser como a conhecemos atualmente em 1694, a partir da criação da Casa da Moeda e da necessidade de atender às demandas do Brasil Colônia. Hoje, o dinheiro pode ser representado de várias formas, seja física ou virtualmente.
A moeda é uma peça-chave no jogo da economia. Ela é um símbolo de valor, um meio de troca que facilita as transações comerciais, além de ser uma medida de valor, uma reserva de riqueza e o intermediário que simplifica as transações comerciais. a moeda pode ser uma reserva de valor, que permite às pessoas guardar riquezas para o futuro. O dinheiro poupado pode ser usado para a aquisição de bens e serviços no futuro, quando necessário. Além disso, a moeda é um meio para a realização de investimentos, o que possibilita o crescimento da riqueza ao longo do tempo. Em resumo, ela é a expressão da riqueza de um povo e das relações comerciais que se estabelecem ao longo do tempo.
Você já ouviu falar em Demanda de Moeda?
Em primeiro lugar, é importante entender que a demanda de moeda se refere à quantidade de dinheiro que as pessoas desejam manter em suas carteiras ou contas bancárias para uso futuro. Agora, você pode estar se perguntando: Mas por que alguém desejaria manter dinheiro em sua carteira ou conta bancária sem utilizá-lo imediatamente? Bem, a resposta é simples: a demanda de moeda é motivada pela necessidade de realizar transações comerciais e financeiras no futuro. Por exemplo, imagine que você é um empresário e precisa pagar seus funcionários no final do mês. Para isso, você precisa ter dinheiro disponível em sua conta bancária para realizar esses pagamentos. Da mesma forma, se você deseja comprar um carro novo ou uma casa, precisará ter dinheiro disponível para efetuar essas transações.
A demanda de moeda também é influenciada por outros fatores, como a incerteza econômica e a expectativa de inflação. Se as pessoas acreditam que a economia pode enfrentar uma recessão ou que a inflação pode aumentar no futuro, elas podem preferir manter mais dinheiro em suas carteiras ou contas bancárias como medida de precaução. Ou seja, a demanda de moeda é uma medida importante do uso e da necessidade do dinheiro na economia. As pessoas desejam manter dinheiro disponível para realizar transações futuras e como medida de precaução em tempos de incerteza econômica.
Um pouco de história
No vídeo abaixo podemos conferir um pouco mais da história da moeda brasileira
No Brasil, a moeda que temos hoje, conhecida como Real, foi introduzida em 1994, a partir do Plano Real³. Desde então, não houve mais mudanças na evolução da moeda física, mas sim, mudanças em moedas virtuais. Antes de falarmos sobre essas mudanças, precisamos entender um pouco sobre como o Sistema Financeiro Nacional funciona. O responsável por assegurar a estabilidade da moeda no Brasil é o Banco Central, conhecido também como BACEN, ele fiscaliza, executa e supervisiona ações ligadas à política monetária brasileira, mas teremos um capítulo para explicá-lo melhor. O importante neste capítulo é saber que o BACEN administra o sistema de pagamento brasileiro.
A mudança virtual que citamos acima é a introdução do Real Digital, proposta criada pelo BACEN, que planeja lançar até final de 2024. O Real Digital é a primeira moeda digital do Brasil, caracterizada como um Central Bank Digital Currency (CBDC), e tem o mesmo valor do dinheiro usado tradicionalmente, porém sua circulação é feita por meio de aplicativos supervisionados pelo Banco Central. Ele está sendo criado no intuito de diminuir os custos de operações bancárias e ampliar o contingente de pessoas no mercado financeiro, facilitando o acesso a recursos por meio da tecnologia. O Real Digital pretende também, acompanhar os avanços tecnológicos do mundo e atingir a digitalização da economia do país. Mas o Real Digital é uma Criptomoeda? Não! Embora ambas propostas se perpetuem em torno do dinheiro em sua forma virtual, as criptomoedas não são emitidas por nenhum governo e não tem fidúcia.
Mas o que é fidúcia, afinal?
A Fidúcia da Moeda é a confiança que as pessoas têm na moeda que utilizam, ou seja, é a crença generalizada de que uma determinada moeda tem valor e pode ser utilizada como meio de troca. Essa confiança é fundamental para o funcionamento da economia, pois permite que as pessoas realizem transações comerciais e financeiras com segurança. É importante destacar que a Fidúcia da Moeda não se baseia no valor intrínseco do material utilizado para fabricar a moeda, mas sim na confiança que as pessoas têm na autoridade monetária responsável pela emissão e gestão da moeda. Por exemplo, uma nota de R$100,00 não tem valor intrínseco, mas as pessoas confiam que ela poderá ser utilizada para comprar bens e serviços. Essa confiança é fundamental para a economia moderna e sua estabilidade é crucial para garantir a confiança dos agentes econômicos e o crescimento sustentável do país.